Meu pai foi um homem que sempre teve sorte no jogo. Ele era um jogador comum em Nova Orleans, uma cidade conhecida por seus cassinos e jogos de azar. Ele adorava jogar pôquer e frequentemente passava horas em mesas de jogos nos clubes locais. Ele também jogava em corridas de cavalo, loterias, e qualquer outra coisa que envolvesse apostar dinheiro.

Eu me lembro de assistir meu pai apostar tudo o que tinha em corridas de cavalos na TV em nossa casa. Ele ficava animado quando seu cavalo passava os outros e ganhava. Mas, quando perdia, ele ficava arrasado. Perder dinheiro era algo difícil para ele lidar.

Claramente, meu pai era um jogador viciado. Para ele, o jogo era uma maneira de escapar da rotina diária e relaxar. Infelizmente, suas apostas se tornaram cada vez mais perigosas, e ele começou a perder mais do que podia pagar. Minha mãe e eu tivemos que ajudá-lo várias vezes, emprestando dinheiro para cobrir suas dívidas. Mas nunca foi suficiente. Meu pai estava sempre procurando por uma maneira de ganhar mais.

Eu me lembro de uma noite em que meu pai ganhou uma grande quantia de dinheiro em um jogo de pôquer, e voltou para casa com um sorriso no rosto. Ele nos disse que iríamos fazer uma grande viagem para a Europa, e que finalmente poderíamos ter a vida que merecíamos. Mas, em questão de dias, ele perdeu tudo o que tinha ganhado no jogo e mais um pouco.

Aquela foi a última gota para minha mãe. Ela insistiu que meu pai procurasse ajuda para o vício em jogos, mas ele relutou. Quando finalmente decidiu fazer terapia, já era tarde demais. As dívidas acumularam-se demais e ele não tinha mais para onde ir. Ele perdeu sua casa, carro e empresa.

Quando era mais jovem, não entendia porque meu pai amava o jogo tanto. Afinal, ele jogava dinheiro fora sem ter certeza de que o receberia de volta. Só anos depois que pude entender como as pessoas ficam viciadas em jogos. A adrenalina que sentem cada vez que jogam é tão intensa que elas se tornam viciadas. Essa é uma das razões pelas quais o jogo é tão perigoso, especialmente para aqueles que são mais vulneráveis a dependência.

Mesmo com todas as perdas, minha família ainda ama meu pai. Nós entendemos que o vício em jogos é uma doença, e estamos sempre dispostos a apoiá-lo. Ele ainda gosta de jogar ocasionalmente, mas agora controla melhor suas emoções e sabe quando parar. O mais importante, ele parou de prejudicar a nossa família.

A lição que tirei de tudo isso é que o jogo pode ser uma maneira divertida de passar o tempo, mas precisa ser controlado. Se você ou alguém que conhece está sofrendo com o vício em jogos, procure ajuda. Existem muitas organizações que oferecem serviços de aconselhamento e terapia para aqueles que lutam contra o vício em jogos. Não deixe o seu amor pelo jogo levar você a perder tudo o que já conquistou.